Caí no poço
Caí no fundo de um poço
faz muito frio
estou preguiçoso
Não consigo agarrar-me à parede
o musgo é escorregadio
estou a afogar-me
e a morrer de sede
Quando subo um pouco.
escorrego logo
Este poço mede
mede, mede, mede
não há quem me chegue
uma escada para subir
As minhas fisioterapeutas
já desenharam várias escadas
mas ainda não me tiraram daqui
Dizem-me "tenha paciência
lá virá o dia em que vamos acertar nas escadas"
segunda-feira, 19 de junho de 2017
domingo, 18 de junho de 2017
Na Loca do Cabeço
Sempre ouvi dizer que na Loca do Cabeço
mora uma moira muito linda e encantada
tão rica que até tem ouro no cabelo,
por isso só sai de noite para apanhar ar e luar,
o seu respirar ouve-se até bastante longe desse lugar
Diz-se no vale que ela está sempre a chorar e a chamar
o seu amado para subir ao cabeço para a amar
Também se diz no vale que um homem de lá conseguiu ver
o seu rosto e ficou logo curado das sequelas de um avc
Se assim foi, alguém me diga como encontrar essa moira mulher
Sempre ouvi dizer que na Loca do Cabeço
mora uma moira muito linda e encantada
tão rica que até tem ouro no cabelo,
por isso só sai de noite para apanhar ar e luar,
o seu respirar ouve-se até bastante longe desse lugar
Diz-se no vale que ela está sempre a chorar e a chamar
o seu amado para subir ao cabeço para a amar
Também se diz no vale que um homem de lá conseguiu ver
o seu rosto e ficou logo curado das sequelas de um avc
Se assim foi, alguém me diga como encontrar essa moira mulher
quinta-feira, 1 de junho de 2017
Escrever
Escrever
por prazer
o ritmo das palavras tortas
sempre curvas,
azar, porra, que merda,
falta de forças
na minha perna
sempre torcida
Que merda de vida,
desespero
e faço desesperar
quem me cuida
com tanto esmero
Até já tolero
alfinetes
em todo o corpo,
dizem-me
que endireitam
o que está torto
Mas depois de tanta picadela,
continuo torto
e chato,
só me apetece
fechar a janela
Escrever
por prazer
o ritmo das palavras tortas
sempre curvas,
azar, porra, que merda,
falta de forças
na minha perna
sempre torcida
Que merda de vida,
desespero
e faço desesperar
quem me cuida
com tanto esmero
Até já tolero
alfinetes
em todo o corpo,
dizem-me
que endireitam
o que está torto
Mas depois de tanta picadela,
continuo torto
e chato,
só me apetece
fechar a janela
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